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quinta-feira, 3 de maio de 2012

Um movimento admirável!

 Tenho uma admiração muito grande pelo povo argentino no que se refere à cultura, à determinação, à garra, à persistência. Uma, dentre tantas, demonstrações dessas características portenhas é a existência da Associação Mães da Praça de Maio existente e atuante há mais de 35 anos. Buscam, as Mães da Praça de maio, com manifestações públicas manter viva a memória de 18 mil pessoas desaparecidas durante o período ditatorial da Argentina. Um exemplo de manifestação forte ocorreu anos atrás quando as mães reuniam-se às quintas feiras às 18h, na Praça de Maio, marchando em torno do Obelisco por nada mais nada menos do que 1500 oportunidades.  Mas não é apenas no vizinho país que as mães protagonizam movimentos em defesa dos Direitos Humanos, abaixo alguns exemplos retirados do editorial do Portal Terra.com.

Mães são protagonistas de lutas políticas pelo mundo


"Em diversas oportunidades, o mundo vê mães saindo às ruas para defender filhos, maridos e causas. Em entrevista ao Terra, o mestre em geografia Ricardo Alvarez, editor do blog Controversia - espaço de debates e discussões sobre questões contemporâneas - elenca três movimentos sociais encabeçados por mães que marcaram a história.

Para ele, os laços familiares se tornam políticos nos movimentos sociais. "As mães estão sempre presentes em muitas lutas no mundo, seja em defesa de seus filhos contra perseguições arbitrárias seja em defesa das liberdades fundamentais, cuja ausência as vitimiza igualmente", diz.

Mães da Praça de Maio
As Mães da Praça de Maio lutaram para encontrar seus filhos desaparecidos durante o período de ditadura argentina (1976-83), número que chegaria a 30 mil. Em abril de 1977, 14 mulheres se reuniram na Praça de Maio para serem ouvidas pelo ditador Jorge Vilela, lideradas por Azucena Villafor De Vicenti, seqüestrada em 10 de dezembro de 1978 e jogada de um avião militar em alto-mar. Elas conseguiram entregar uma carta ao Papa João Paulo II, abriram processos judiciais na Alemanha, França, Itália, Espanha e era apenas o começo. Hoje elas lutam contra a fome, contra a má distribuição de renda, além de promover a construção de moradias.

"O movimento das 'Mães da Praça de Maio' combina uma luta contra as mazelas dos governos militares na América Latina, ao mesmo tempo em que mergulha de cabeça na defesa de ideais democráticos de governo. Tem um sentido emblemático pela durabilidade do movimento e pela focalização em sua causa", afirma Ricardo.

Causa Palestina
Na Palestina, a luta é contra a sociedade machista e a ocupação israelense. Com as mulheres fora do mercado de trabalho, o papel de chefe de família é quase inviável em momentos em que os maridos foram presos ou mortos em conflitos.

"O assassinato de lideranças políticas e militantes em defesa da criação do estado da Palestina forçou as mulheres a se engajarem na luta direta contra a opressão e a retomada de seus territórios hoje invadidos por Israel", explica Ricardo.

Acari e Candelária
No Brasil podemos citar os agrupamentos de mães em busca da responsabilização pelas mortes de seus filhos em chacinas, como é o caso de Acari e Candelária, no Rio de Janeiro. "Há ainda o movimento Associação Brasileira de Busca e Defesa a Crianças Desaparecidas (ABCD), que trava uma batalha em busca de seus filhos desaparecidos. Muitos são vítimas da pobreza ou do tráfico".

Coletânea Editorial
Especial para o Terra

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