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domingo, 2 de abril de 2023

É, acontece...



Nossa vida pode (já foi comparada por muitos autores) ser comparada a uma longa, (se tivermos sorte) viagem. Não conseguimos definir por conta própria o momento de embarcar nesta viagem e, muito pouco podemos definir os primeiros roteiros dela, assim como o último. Aos poucos vamos podendo intervir definindo quais paradas faremos, quais as rotas que percorreremos, assim nossa viagem vai aos poucos transcorrendo. Passamos pela estação da infância, da adolescência, da maturidade. Durante os trajetos que percorremos até passarmos pelas estações vamos colhendo frutos daquilo que semeamos na rota percorrida anteriormente.Com eles temos alegrias, desencantos, tristezas e perdas.Então chegamos à velhice. Sempre fui muito pé no chão, realista, a vida foi-me mostrando que esta seria a melhor forma de não romantizar os fatos.

Ao envelhecermos temos perdas físicas, emocionais e também perdemos a facilidade de dialogar com as gerações anteriores a nossa.Quando pensava em constituir família pensava em não ter um número ímpar de filhos porque sempre haveria de um  ficar  isolado dos demais. Fui testemunha de que isto é um fato, sou a filha do meio de três irmãos. Tive quatro filhos com isto em mente, de dois a dois fariam companhia uns para os outro.Queria ter tido meninos e depois meninas pela ideia de que os meninos cuidariam das meninas rsrsr menina, menino, menina, menino foi assim.

Pois bem, onde quero chegar? Família reunida, todos em faixas etárias próximas: 2 crianças, 2 jovens, demais adultos. Idosa - eu. Conversas das quais dificilmente faço parte, assuntos que não domino e vez ou outra perguntam algo como que a dizer: A Vó tá aqui rsrsrs. A complicar ainda mais, a perda auditiva contribui com o isolamento . Resta observar, responder se e quando a mim se dirigem. Maldade? Não. É assim que é. Aquilo que vivi e vivo não faz parte do cotidiano dos demais, idades diferentes, vivências diferentes, interesses diversos dos meus. Por mais que eu tente acompanhar o ritmo frenético em que vivem, a tecnologia com a qual lidam com seus afazeres e que avança velozmente não me é possível. 

Não é queixa, é constatação e tomada de consciência de que assim é.Pois é bem assim que acontece. A necessidade que temos de pertencer a um grupo seja familiar ou social é muito importante para nos sentirmos incluídos.

Volto a frisar a importância de pertencer a um grupo de pessoas de faixa etária semelhante, evitar o isolamento, cuidar da saúde mental e física, ter um blog e seguir outros tantos para emitir opiniões e esperar pelos comentários favoráveis ou não. 

É, acontece...

Um comentário:

  1. Grandes verdades aqui,Sonia!
    Interessante é que temos bastante em comum: 4 filhos e alternados: menina, menino,menina e menino. Eu os tive todos em 5 anos!!!
    Apressadinha,rs...
    E a vida realmente é assim... Há horas que ficamos fora do "trem"...
    Quando dificilmente todos conseguimos estar juntos( temos os que moram fora: 2 netos e um filho e nora) é uma barulheira de adultos, mas os netos, todos na deles...Cada um tem o seu celular e então já sabes...Incrível! Mas importante é que estamos sempre agitando um pouco,nos "enfronhando" de novidades, tentando acompanhar , não parando, senão enferrujamos e criamos limo... Vamos que vamos! Feliz semana Santa! beijos, chica

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