Olha aí o espírito centenarista!

O prédio B do Colégio Centenário, de tijolo à vista, hoje só permanecem as paredes externas.

Foto do incêndio.

O nosso relógio.

O Colégio Centenário, fundado por missionárias americanas e alicerçado na doutrina da Igreja Metodista, tornou-se ao longo desses 91 anos, um dos mais importantes educandários de Santa Maria. Os alunos que passaram pelos seus corredores, e os que atualmente o fazem, levam consigo um sentimento de difícil explicação mas que os une onde quer que estejam, É o que nós, centenaristas chamamos de "espírito centenarista". Em maio de 2007, o prédio B do Colégio Centenário foi vítima de um incêndio provocado por um curto-circuito, segundo consta. Todo o prédio onde funcionavam salas de aula da FAMES - Faculdade Metodista de Santa Maria - e o setor administrativo da instituição foi queimado. Até hoje, portanto 6 anos depois do sinistro, o prédio ainda não foi reconstruído, embora o projeto de reconstrução já tenha sido até aprovado pelos órgão competentes.  Havia entre os muitos objetos que marcaram a época na qual estudei lá, um relógio de pêndulo cuja corda ( sim, era de corda!) era dada diariamente por uma só pessoa, responsável pela ação. Além disso, não se podia passar em frente ao relógio, as explicações são controversas: podíamos esbarrar no relógio, podíamos desregular o sistema ou - para mim a explicação mais convincente de acordo com a disciplina rígida da escola - o relógio ficava no setor nobre da escola (direção, administração) por onde , nós, simples alunos não deveríamos passar.

Pois bem, aqui onde eu quero chegar: o relógio não queimou mas está aos pedaços. Sua restauração é possível e cara, a atual direção não tem, segundo eles, recursos para tanto, foi aqui que falou alto o espírito centenarista, um dos ex-alunos encabeçou um movimento para arrecadação de fundos para que a restauração aconteça. Uma iniciativa que está fazendo com que os ex-alunos reacendam a chama, não a que queima, destrói mas a que aquece o coração dos centenaristas. É emocionante acompanhar pelo facebook, a cada dia ou até várias vezes ao dia, o registro das doações. Tenho certeza que em breve teremos o valor necessário para recuperar aquele que marcou nossas horas, minutos e segundos ao longo dos 85 anos de existência do prédio onde se ouviam as badaladas do nosso relógio.